«(...) o povo português acha que (...) a criança deve ser proclamada imperador do mundo, que é ela que tem de mandar no mundo e que é na medida em que manda que o mundo pode realmente melhorar. Isto é, o povo português, que não sabia nada de Platão, a quem provavelmente atrapalharia muito uma coisa puramente platónica, estava de acordo com ele quando dizia que a criatura que vem do céu das ideias é a criatura perfeita e é na terra que ela ganha aquele barro, aquela lama que cobre o esplendor do céu das ideias e faz cada de um de nós pobres seres em que só num ou noutro aparece um relâmpago deste céu das ideias.»
Agostinho da Silva, in Vida Conversável - Assírio & Alvim, 1998.
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