quarta-feira, dezembro 20, 2006

A República foi uma pausa.


A visão simplista e partidarista da História nunca foi premiada com grandes sucessos, sendo constante as mudanças de opinião e distorção de factos pelos interessados em publicitar e engrandecer o seu ponto de vista específico. Deste modo, olham alguns para o passado procurando uma evolução darwiniana constante, da eliminação dos mais fracos pelos mais fortes, esquecendo-se que o processo histórico se faz de ciclos e pausas e não de um pseudo-progresso perpétuo. A República foi uma pausa.

Numa visão linear poder-se-á dizer que a Monarquia foi derrubada pois já não servia os interesses do país. Muito provavelmente estarão certos os que utilizarem este argumento (não que o sistema que a substitui tenha feito melhor), mas foi provavelmente necessário um período de pousio fundamental para uma Renascença Monárquica, para o fortalecimento da Ideia Real enquanto conceito e para que, sem nenhum sentido dramático, houvesse uma certa "purificação" daquilo que deve ser a Monarquia Portuguesa, pois os alicerces que fundamentavam o regime que caiu em 1910 necessitavam de ser substituídos, de modo a sustentar Portugal no momento em que o Povo escolher devolver a Chefia de Estado ao Português mais bem preparado para tal.

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